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ALBERTO TORRES 179

Porto Alegre, Brasil / 2015 

 

Autores: Arq. Bruno Giugliani

O projeto trata da reconversão funcional de uma residência inventariada, adaptando-a para abrigar um condomínio de unidades autônomas. A edificação é representativa da arquitetura popular da Cidade de Porto Alegre em meados das décadas de 30 e 40. Está composta de um volume único junto ao alinhamento predial, com dois pavimentos de altura, cobertos com telhas cerâmicas do tipo francesas. Uma passagem lateral permite ventilação e iluminação natural, dando acesso aos fundos do lote. A estrutura encontra-se desgastada pela ação do tempo e pela carência de manutenção. Foram identificadas diversas patologias, em sua maioria relacionadas a infiltrações e vazamentos de água. É um bem de estruturação, cujo valor maior encontra-se no conjunto urbano que estabelece com os demais imóveis da Rua Alberto Torres, no bairro Cidade Baixa.

A boa localização, próxima às zonas centrais da cidade, e a satisfatória infra-estrutura de serviços do bairro agregam valor comercial a este imóvel. Esta proposta se ocupa, portanto, de aproveitar as instalações existentes e confrontá-las com uma nova edificação nos fundos do terreno, ampliando a área construída. As características do ambiente urbano junto à via pública serão mantidas, porém o fundo do lote, junto ao interior do quarteirão, será revitalizado com a nova construção. Ambas as edificações terão uso exclusivamente residencial, abrigando quatorze apartamentos de um dormitório, quatro na edificação existente e dez na nova.

Pequenas intervenções são necessárias para adaptar a construção existente e incorporar os novos apartamentos. A estrutura formal será mantida, com mínimas remoções de alguns tabiques internos, aberturas, ou fechamentos de vãos. Será mantida a área do vestíbulo de acesso original, assim como a escada que dá acesso ao 2º pavimento, preservando o corpo de circulação principal, e a qualidade dos espaços. Teremos acréscimo de área em dois pontos, através de um mezanino interno no apartamento 01, e de uma extensão do terraço no apartamento 04. Externamente, a fachada será mantida tal como na construção original, apenas restaurada no que diz respeito a sua integridade física.

A nova edificação ocupará uma área subaproveitada nos fundos do lote. Está composta por uma pequena torre entre divisas, afastada da residência existente, com estrutura independente e fechamentos em vidro. Sua altura e afastamentos atende a legislação municipal, potencializando o uso do solo. Os apartamentos serão em sua maioria duplex com orientação de frente ou fundos. A neutralidade da torre em relação à edificação existente garante a distância temporal necessária a uma intervenção deste tipo.

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